quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Clube da luta – Chuck Palahniuk

“Onde Jesus estaria se ninguém tivesse escrito os Evangelhos?”
O jornalista norte-americano Chuck Palahniuk nasceu em Washington em 1962 e, antes de se dedicar às letras, foi lutador amador, caminhoneiro e mecânico de automóveis. Baseando-se na sua experiência de vida começou a escrever contos e publicá-los em pequenas revistas, até que, em 1996, publicou seu primeiro livro tendo como base um desses contos. Era Clube da luta (o conto representa o capítulo 6 do livro) que, adaptado para o cinema em 1999 pelo cineasta David Fincher, virou best-seller.
“O que as pessoas são no clube da luta não tem nada a ver com o que são no mundo real”.
Palahniuk define seu estilo como “ficção transgressional” e seus personagens são indivíduos, de modo geral, marginalizados pela sociedade. Esse é o caso do jovem narrador de o Clube da luta, funcionário de uma seguradora que passa o dia viajando e fazendo relatórios, mas à noite padece de insônia e de uma profunda insatisfação com a vida que leva. Nas noites insones, frequenta grupos de apoio a doentes terminais, pessoas com problemas reais, em busca de sentido para a sua existência. Num desses grupos, conhece Marla Singer, jovem que também não tem nenhum problema de saúde, a não ser o vazio existencial, cuja presença vai perturbá-lo.
“Na academia há sempre um monte de caras tentando parecer homens (...). Como Tyler sempre diz, até um suflê parece bombado”.  
Numa das suas viagens a trabalho, o narrador conhece Tyler Durden, uma figura que vive ao seu próprio modo, totalmente alheio aos padrões convencionais e que, juntos, irão formar o Clube da Luta. O que seria apenas uma diversão, uma forma de extravasar através de atos violentos os dilemas internos dos participantes, se torna um projeto que visa mudar todo o padrão de uma sociedade voltada para o consumismo exacerbado e o superficialismo. Com uma narrativa subversiva e humor ácido, Palahniuk escreveu um romance provocativo. Vale a pena ler Clube da luta. Vale a pena ler Chuck Palahniuk!

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