quarta-feira, 6 de abril de 2016

O fantasma da ópera – Gaston Leroux

Publicado inicialmente em fascículos entre setembro de 1909 e janeiro de 1910, O fantasma da ópera, do francês Gaston Leroux, só apareceu em formato de volume em abril de 1910. Inspirada em fatos históricos da Ópera de Paris e num conto apócrifo que relata a utilização do esqueleto de um ex-aluno do balé na produção de uma peça em 1841, é considerada por muitos como uma obra gótica, pois mistura romance, horror, ficção e tragédia. O livro é, de certa forma, ofuscado pelo sucesso das adaptações feitas para o teatro e cinema, sendo o musical mais visto de todos os tempos.
“Diga que compartilhará comigo um amor, uma vida. É só dizer e eu a seguirei”.
Erik é um fantasma que vive no subsolo da Ópera de Paris e aterroriza os proprietários cobrando 20 mil francos mensais e reservando o camarote número cinco em todas as atrações apara que ele não aterrorize os espectadores durante os espetáculos (Para que um fantasma quer dinheiro?). Ao mesmo tempo em que inferniza os proprietários do teatro, tenta ajudar a sua amada, a dançarina Christine Daaé, a alcançar o estrelato. O problema é que Christine tem um pretendente de carne e osso, Raoul, o Visconde de Chagny, que tentará de todas as formas resgatar a sua amada das garras do misterioso fantasma.
“Ama-me e verás! Só me faltou ser amado para ser bom.”
Nem sempre o que parece é em O fantasma da ópera. O que parece um romance, na verdade é uma crítica ácida e irônica que Leroux faz aos valores românticos da sociedade francesa da época e aos clichês da literatura romântica. Enquanto não conhece sua aparência, Christine se apaixona pelo fantasma. Ao se deparar com suas deformidades, fica horrorizada. É o amor um sentimento verdadeiro ou vive de aparências? Erik, que é visto por todos os protagonistas como o vilão por causa das suas deformidades, dá mostras de ser o mais humano entre todos os personagens da obra.      

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