quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Tristessa – Jack Kerouac



Em 1955, numa viagem ao México, Jack Kerouac apaixonou-se por uma prostituta índia chamada Esperanza. A experiência deu origem ao livro Tristessa, um belo exemplo da prosa poética do autor, publicado pela primeira vez em 1960. No livro, Kerouac descreve de forma cruel o mundo de Tristessa, narrando a rotina de uma prostituta decaída e viciada em morfina errando pelos becos da Cidade do México.
Numa ambiente de pobreza e decadência no submundo da Cidade do México, Jack, um poeta norte-americano de convicções budistas, convive com a prostituta Tristessa, por quem se apaixonou, mas sem poder toca-la. O tempo de Tristessa é tomado pelas drogas e sua busca incessante em consegui-las. Num ambiente de miséria e desespero, Jack justifica o comportamento de Tristessa afirmando que tudo na vida é dor e sofrimento.
Enfim, a prostituta Tristessa é a personificação das drogas, Jack e seus amigos (entre eles Alen Ginsberg) são viciados em Tristessa. De todos os livros de Kerouac, é o mais triste e poético. Um livro de agonia da alma humana que a genialidade do autor consegue transformar em poesia: “Suave é o chuviscar que perturbou minha calma”. Uma história que dá pra ler de um fôlego.    

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