segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cinema nacional: Heleno

Quem é apaixonado por futebol não necessariamente gostará de Heleno (2012), do diretor José Henrique Fonseca. O filme não é sobre futebol, mas sobre a meteórica e explosiva carreira de um craque dentro e fora das quatro linhas, com a bola e com as mulheres. Heleno de Freitas, jogador do Botafogo, pode ser considerado o primeiro jogador-problema da história do futebol. Fenômeno com a bola no pé, era mulherengo compulsivo e tinha sérios problemas com álcool.
Definitivamente, Heleno, interpretado por Rodrigo Santoro, não era um jogador comum. Dentro de campo “carregava” o time nas costas, fora dele era um homem refinado, com cara de galã de cinema, formado em Direito e que cantava no rádio em um inglês impecável. Mas tinha um temperamento irascível! Brigava (literalmente) com qualquer um que não tivesse o comportamento que ele esperava que tivesse, desde os colegas de time até os frequentadores das festas black-Tie do Copacabana Palace, onde o jogador era figura conhecida.   
Com parte dos custos patrocinados por Eike Batista, botafoguense de coração, o filme teve um orçamento considerado baixo, R$ 8,5 milhões. Mas isso não comprometeu a qualidade do filme, que é ousado ao ser rodado em preto-e-branco. Retratando de forma dura um dos ídolos do Botafogo, coloca-o como uma figura narcisista e egoísta, com compulsão por mulheres drogas e álcool. Uma figura fadada a um fim trágico, como de fato aconteceu. Um filme e tanto...

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