quarta-feira, 7 de maio de 2014

Crack-Up – Francis Scott Fitzgerald

Logo após a morte do escritor americano Francis Scott Fitzgerald, em 1940, seu amigo, o também escritor, crítico e historiador Edmund Wilson, editou e publicou alguns dos seus escritos inéditos. É o que de mais próximo que se tem de uma autobiografia do escritor americano. São anotações, aforismos, ensaios e parte da sua correspondência com outros escritores.
Fitzgerald alcançou a categoria de escritor de best-seller aos vinte e três anos e isso vai pesar no comportamento do jovem intelectual boêmio. Sabia-se que tinha enfrentado problemas com alcoolismo, mas nunca se tinha ouvido e lido nada do próprio Fitzgerald sobre isso. Em Crack-Up, encontramos um escritor mostrando as próprias entranhas, falando abertamente sobre o seu colapso mental e a depressão que o assolou por longos anos.
Parte dos ensaios que constam do livro foram originalmente publicados na revista Esquire, e a crítica não gostou nem um pouco, exatamente por ser visceral demais. O bom dos ensaios é conhecer por dentro o escritor talentosíssimo, que gastou seu charme à vontade, mas que no final da vida afunda numa mistura de melancolia e álcool. Nem por isso deixou de produzir e produzir bem... 

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