quarta-feira, 26 de março de 2014

... E o vento levou – Margareth Mitchell

A jornalista Margareth Mitchell (1900-1949) escreveu ...E o vento levou durante uma longa convalescença em decorrência de um atropelamento. Foi seu primeiro e único romance, mas que vale por dúzias de romances escritos por muitos escritores por aí. Mitchell escreveu não apenas um grande clássico da literatura universal, mas também construiu um dos personagens mais marcantes da literatura, Scarlett O’Hara, aquela que tanto pode ser mocinha como vilã, dependendo em que página você está lendo.
Lançado em junho de 1936, o livro tinha vendido um milhão de exemplares quatro meses depois. Em maio do ano seguinte, o livro foi premiado com o prêmio Pulitzer e, no decorrer dos anos, traduzido para 51 idiomas. Tendo como pano de fundo a Guerra Civil Americana (1861-1865) que dividiu o país entre nortistas e sulistas com interesses irreconciliáveis, o romance é centrado em Scarlett, a típica filha de família sulista, mimada, rica e fútil, mais preocupada com roupas e namoricos do que com a origem da fortuna da família. Até quem vem a guerra...
O grande trunfo de Mitchell ao construir o personagem Scarlett é transformá-la, a medida que a guerra e fome avançam, numa mulher forte, corajosa e manipuladora, que alterna gestos mesquinhos com momentos de extremo altruísmo. Scarlett passa todo o livro apaixonada (ou pelo menos acredita que está) por um banana chamado Ashley, que é casado com Melly, para quem Scarlett dedica, alternadamente, um sentimento de gratidão e ódio.
Outro grande personagem do livro (além de Scarlett) é Rhett Butler, um sujeito misterioso de personalidade forte que só faz o que quer, mas que sempre está presente nos momentos mais difíceis de Scarlett. Apesar de salvar sua pela em algumas ocasiões, Scarlett devota a Butler um ódio mortal (pelo menos ela credita nisso). Um livro que um amante da boa literatura não pode deixar de ler... 

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