segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Cinema nacional: Reidy – a construção da utopia

O documentário Reidy: a construção da utopia (2010), dirigido por Ana Maria Magalhães, trata da trajetória, estritamente profissional, de Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), arquiteto e urbanista nascido na França, filho de mão brasileira e pai inglês. A diretora, atriz bastante ativa nos anos 70, estreou na direção de longas de ficção com o desastroso Lara, de 2002, e parece não ter tido melhor sorte nessa nova empreitada.
 A princípio, o documentário pode ser considerado um filme acadêmico, voltado para arquitetos, por causa de sua narração institucional e monótona e suas inúmeras legendas explicativas. Como o avançar da narrativa possível a inclusão dos simples mortais, quando começam a surgir imagens de monumentos conhecidos do Rio de Janeiro e que tem a assinatura do arquiteto homenageado, como o Museu de arte Moderna e o Aterro do Flamengo.
Apesar de Reidy ser considerado um utópico (e acho que a utopia não se separa da poesia), Ana Maria Magalhães conseguiu fazer um filme mais técnico do que poético. Quem não é da área se sente um pouco perdido entre tantos termos técnicos. O personagem-título do documentário é interessante, faltou à direção do filme tato para conduzi-lo de forma que atingisse o grande público. Um filme chato! 

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