quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Trem noturno para Lisboa – Pascal Mercier

Um livro que foi escrito para ser um clássico. Essa poderia ser uma pequena definição de Trem noturno para Lisboa, terceiro romance do suíço Peter Bieri, professor de filosofia em Berlim, que assina o livro com o pseudônimo Pascal Mercier. Considerado um fenômeno literário, o livro já vendeu mais de dois milhões de exemplares desde que foi lançado na Alemanha em 2004 e foi traduzido para mais de 15 idiomas. O sucesso foi tamanho que, na época, o título do livro virou expressão idiomática em alguns países para se referir a alguém que deseja mudar radicalmente de vida.
Raimund Gregorius é um homem culto, de 57 anos, professor universitário que leva uma vida certinha, previsível e monótona. Certa manhã, depois de um encontro com uma suposta suicida, Gregorius se apaixona pela língua portuguesa e resolve pegar um trem para Lisboa. Sua paixão aumenta quando, antes mesmo de pegar o trem, entra numa livraria e conhece o livro de um médico português chamado Amadeu de Prado. O médico e seu livro viram uma obsessão para Gregorius, que refaz seus passos e aprende o português, levando o leitor para vários mundos, inquietações e dúvidas.
Não é uma história de ação ou suspense, mas prende a atenção do leitor com a possibilidade do inesperado, apesar de tudo ser previsível. Confuso, não? Mas o livro é aparentemente confuso, sem ser cansativo. Um livro que nos leva a introspecção, a meditar sobre a nossa vida e as nossas escolhas. É um livro para quem gosta de ler, mas é, principalmente, um livro para quem gosta de pensar. 

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