quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O psicopata americano – Bret Easton Ellis

Quando li O psicopata americano, do norte-americano Bret Easton Ellis, de imediato fiz um paralelo com Diário do farol, do brasileiro João Ubaldo Ribeiro. Os dois personagens se parecem na crueldade com que tratam suas vítimas. A diferença é que Patrick Bateman, personagem de Ellis, é um promissor executivo de Wall Street e tem uma vida social agitada, flanando de festa em festa ao lado de bem-sucedidos yuppies nova-iorquinos que faturam milhões de dólares durante o dia. 
A verdadeira face de Bateman aparece junto com o tédio. Para relaxar, sai à noite matando mendigos, torturando prostitutas e todos aqueles por quem nutre algum desprezo (quase todo mundo). Aos 26 anos, Bateman é um homem culto, bem sucedido, mas arrogante na mesma proporção em que é cruel. Entre idas a locadora (o vídeo cassete ainda é um invento recente), cuidados patológicos com a aparência e carreiras e mais carreiras de cocaína, Bateman planeja como causar dores intensas nas suas vítimas, que podem ser mendigos, homossexuais, prostitutas, animais ou qualquer ser vivo que tenha sistema nervoso central para sentir dor.
Publicado em 1991, quando o autor tinha mais ou menos a mesma idade que o seu protagonista, O psicopata americano causou furor em toda a década de 90. Associações feministas e de direitos humanos condenaram o livro. A editora que inicialmente iria editá-lo voltou atrás, cedendo às pressões. Enfim, um livro que mostra a crueza da realidade normalmente choca. Esse foi o caso do livro de Ellis! Em 2000, foi adaptado para o cinema com Cristian Bale interpretando Bateman. Merecidamente, um best-seller...

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário