quarta-feira, 13 de março de 2013

Complexo de Portnoy – Philip Roth


Lançado em 1969, Complexo de Portnoy é o quarto livro de Philip Roth e tem duas características marcantes: o linguajar pesado e um refinado senso de humor. Dos livros de Roth que já li esse é, de longe, o que tem o personagem mais visceral, desconcertante até. Alexander Portnoy é um bem sucedido advogado de 33 anos, funcionário importante da prefeitura de Nova York que conta em suas sessões de psicanálise as memórias que o incomodam. E não são poucas...
Portnoy vive tentando se desligar dos pais super protetores e para isso assume uma postura que os desagrada, como não casar, viajar sem avisá-los, não ligar coma frequência que eles gostariam. Desde criança, sempre podado pelos pais, buscava sua liberdade através da masturbação que vinha acompanhada da culpa. E quanto mais se sentia culpado, mais se masturbava. Na vida adulta, se envolve com várias mulheres. As que eram intelectualmente dotadas, não o satisfaziam na cama. As que o satisfaziam na cama, ele não conseguia compartilhar intelectualmente nenhuma experiência significativa.
Em busca de uma solução para os seus problemas, viaja para Israel, a terra natal do seu povo. Lá conhece uma mulher que ele imagina que pode ser a esposa judia tão sonhada pelos pais. Mas se descobre impotente. Na terra dos seus ancestrais, a ereção se torna impossível. Complexo de Portnoy jogou Roth na categoria dos clássicos.   Se o livro choca quem o ler hoje, imagine quando foi lançado em 1969. Imperdível!

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