quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Diário de uma ilusão - Philip Roth


Li Diário de uma ilusão em 2011. Era o primeiro romance de Zuckerman acorrentado, o volume único com o ciclo de romances protagonizados pelo alter ego de Roth, Nathan Zuckerman. Nesse volume, lançado naquele mesmo ano, Diário de uma ilusão, que é de 1979, recebe o título de O escritor fantasma. E por que relê-lo? Comprei Fantasma sai de cena, que é um retorno a Diário..., então para criar uma sequência, resolvi reler. Nele, Nathan Zuckerman em início de carreira conhece sua grande referência literária, E.I. Lonoff, um escritor recluso.
Como em quase toda a obra de Roth, o ambiente judaico americano é retratado de forma crítica, diria que ácida mesmo. O próprio Zuckerman, assim como Roth, é um judeu que reluta em se adequar às tradições judaicas. Nessa visita ao seu ídolo literário, Zuckerman conhece a jovem Amy Bellette, uma pupila/amante de Lonoff que é um poço de esquisitice que beira a esquizofrenia. Esse vai ser o único encontro dos dois por décadas, mas que ficará na memória do jovem escritor de forma confusa.
Sou suspeito para falar de Roth, afinal sou fã da sua escrita. Mas Diário de uma ilusão, assim como toda sua obra, é digno de figurar na estante dos livros a serem relidos. Roth não poupa a cultura judaica, representada pelo seu pai, um ardoroso defensor das tradições do seu povo. O título é uma referência ao Diário de Anne Frank, uma das viagens da jovem Amy, que se imagina no lugar da jovem judia holandesa. Imperdível!        

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