quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A última legião – Valerio Massimo Manfredi


A trama do escritor italiano Valerio Massimo Manfredi, A última legião, tem como pano de fundo os últimos dias do Império Romano. Numa sequência de batalhas, o império é invadido e destruído por hordas de bárbaros, na verdade, povos não romanos que viviam nas fronteiras do Império e que, por diversas razões, decidem invadir suas fronteiras. No ano de 476 da Era Cristão, o último dos imperadores romanos, Rômulo Augusto, um garoto de treze anos, é derrubado do trono pelo general germânico Odoacro.
Confinado numa fortaleza, Rômulo consegue fugir com o auxílio de membros da já extinta Legio Nova Invicta, uma legião de guerreiros do exército romano. Segue-se uma perseguição incansável ao jovem imperador pelo lugar-tenente de Odoacro, o cruel Wulfila. Os relatos das batalhas e das aventuras vertiginosas do grupo perseguido por Wulfila são de tirar o fôlego, lembrando aventuras épicas do cinema, o que se explica já no início do livro pelo próprio autor, nos agradecimentos, onde ele deixa explicito que escreveu o livro já pensando numa adaptação cinematográfica.         
Toda a história é apresentada como se fosse as memórias de Meridius Ambrosinus, um druida da Bretanha que se tornou preceptor do jovem imperador. Mas nem só de batalhas épicas é feito o livro. As passagens contemplativas onde os personagens tentam entender como o Império Romano, que durante séculos pareceu tão sólido e perene, que parecia existir desde que o mundo era mundo e que só acabaria junto com ele, não existia mais. Um belo livro para entender os últimos momentos do Império Romano, fase pouco abordada pelos historiadores. 

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