quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O eterno marido – Dostoievski


O eterno marido é uma novela de Dostoievski, escrita em apenas três meses no ano de 1869. O termo que empresta seu nome ao livro refere-se aquele tipo de homem que nasceu unicamente para casar e, uma vez casado, existe apenas para ser parte complementar da sua esposa. Esse é o caso de Páviel Pávlovitch Trusótski, que depois de nove anos encontra Aleksiéi Ivânovitch Vieltchânimov, o ex-amante da sua falecida esposa. O viúvo é agressivo e alcóolatra, o ex-amante, fútil, frívolo e indeciso. Os dois vão manter uma relação difícil, com altos e baixos, alternando rispidez e demonstrações de amizade.
Para Vieltchânimov, o senhor Trusótski e sua esposa, Natália, faziam parte de um passado que ele queria esquecer quando tinha sido preterido por esta, nove anos antes. Mas os dois se reencontram em São Petersburgo, onde o senhor Trusótski tinha ido a negócios acompanhado de Lisa, filha dele com Natália.  Vendo a criança e fazendo as contas dos anos em que manteve um romance com a falecida, Vieltchânimov acredita que a filha é dele e não do senhor Trusótski, mas é ter a certeza.
Aos depois Vieltchânimov encontra o senhor Trusótski casado com uma jovem do campo, mas igualmente bufão e tolo.  O eterno marido não figura entre as grandes obras do escritor russo, mas nos leva a refletir sobre a natureza humana, entrando em méritos psicológicos e emocionais. Acima de tudo, o livro traz um relato doloroso sobre como as coisas não dão certo no final, sobre como o tempo não cura e sobre como o amor não salva.  

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