terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gore Vidal (1925-2012)


Na semana passada a literatura norte-americana (e do mundo) perdeu um dos seus escritores mais prolixos: o ensaísta, romancista, dramaturgo, roteirista e ativista político Gore Vidal. Nascido numa base militar americana no condado de Orange, no estado de Nova York, em 1925, e foi criado em Washington D.C., onde seu pai trabalhava para o governo Roosevelt e seu avô, T.P. Gore, era senador. Começou a escrever poemas e contos na adolescência. Seu primeiro romance, Williwaw, foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial, a bordo de um navio de guerra, quando o autor servia ao exército americano e baseia-se nas suas experiências militares.
Ainda na década de 40, radicado na Guatemala, escreveu Em um bosque amarelo, sobre as dificuldades de um ex-combatente em adaptar-se à vida civil, e A cidade e o Pilar, que causou escândalo entre os conservadores pela sua representação desapaixonada da homossexualidade. Livro que dedicou ao namorado morte em combate anos antes. Na década de 50 foi contratado como roteirista por estúdio e reescreveu o roteiro de Bem Hur, gravado em 1959. É de Gore Vidal também o roteiro de Calígula, gravado em 1979, mais tarde renegado por ele por causa das mudanças feitas durante as gravações sem a sua autorização.
Vidal também escreveu para a televisão, notadamente minisséries, entre elas Lincoln. Por duas vezes, Vidal disputou eleições. Em 1960, foi candidato ao Congresso americano, não sendo eleito. Em 1982, tenta uma vaga de senador, para a sorte da literatura fracassou novamente, dessa vez por poucos votos. No dia 09 de maio desse ano, publiquei um texto sobre Criação, romance histórico de Vidal, lançado em 1981 e reeditado em 2002. Sem sombra de dúvidas, o eterno candidato ao Nobel da Literatura Gore Vidal foi um dos maiores e mais geniais escritores e será imortalizado pela sua obra.  

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