quinta-feira, 10 de maio de 2012

O guru verde amadureceu


James Lovelock é um senhor de 92 anos, guru dos ecologistas mais radicais, os ecochatos ou ecoxiitas. Em 2007, numa entrevista para a revista Rolling Stone, previu que até 2020 as secas seriam lugar comum no mundo; que até 2040 o Saara invadiria a Europa, parte dos Estados Unidos ficariam inabitáveis por causa da desertificação e de enchentes provocadas pelo aumento do nível do mar; que a falta de alimentos empurraria os chineses para a Sibéria, o que ocasionaria uma guerra entre Rússia e China; e que até 2100, a população da terra estaria reduzida a 500 milhões de sobreviventes. Tudo isso em virtude do aquecimento global que, pelas contas do Lovelock, aumentaria a temperatura na terra em 8 graus Celsius.
A terra, se confirmadas as previsões apocalípticas do ecologista, se transformaria numa frigideira. Os ovos sairiam da galinha e cairiam direto no pão! Profeticamente, na mesma entrevista, Lovelock disse que “posso está errado a respeito de tudo isso”. Digo profeticamente por que ele admitiu, recentemente, que estava errado “a respeito de tudo isso”. Ele agora admite que “não tem nada de muito emocionante acontecendo agora”. A previsão é que a temperatura na terra suba dois graus Celsius até o fim do século, quatro vezes menos do que previu o apocalíptico Lovelock.
As visões catastrofistas sobre o meio ambiente sempre existiram. Mas é de se estranhar que o pensamento acadêmico ocidental somente tenha começado a lhes dá crédito quando parte dos povos pobres e menos desenvolvidos do planeta começaram a ter acesso às vantagens da vida moderna e ao progresso econômico. Será que teremos de suspender o desenvolvimento para evitar o apocalipse verde? Ninguém, em sã consciência, deseja a destruição do meio ambiente aleatoriamente. Mas o desenvolvimento é necessário. A população cresce e há a necessidade imperiosa de alimentá-la. As mesmas mentes férteis que criam o “futuro frigideira”, podem criar modelos de desenvolvimento sustentável para o planeta. 

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