quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Liberdade - Jonathan Franzen

“O romance mais comovente de Franzen”, segundo Michiko Kakutami, do The New York Times. “Ele (o livro) pede espaço na prateleira ao lado do tipo de livro que grandes feras escreviam”, segundo Benjamim Alsup, da Esquire. Liberdade é uma obra-prima da ficção americana”, de acordo com Sam Tanenhaus do The New York Times Book Review. Mas o que realmente chamou a minha atenção e me fez comprar o livro e lê-lo foi o que estava escrito no canto superior esquerdo da bela capa: “O livro do ano, e do século”, segundo o The Guardian. Um exagero! O livro não é nem o livro do ano e muito menos do século. Há estantes de livros tão bons ou melhores do que ele.

A história gira em torno de três personagens: Valter e Patty (e seus filhos Jéssica e Joey, com a esposa desse, Connie) e Richard Katz. Valter, Patty e seus filhos formam a típica família americana liberal de classe média. Katz é um roqueiro malucão que foge da fama que tanto perseguiu. Os três se conhecem na universidade, nos anos 70, e desde então suas vidas vão se entrelaçar numa complexa relação de amizade, paixão, lealdade e traição. Franzen mergulha numa tragédia familiar para dissecar os sonhos da classe média americana. Para isso ele explora temas como as políticas liberais e conservadoras e a questão ecológica.

Liberdade é o quarto romance de Jonathan Franzen e é cheio de altos e baixos. Os bons momentos do livro estão nos dramas e dúvidas envolvendo os três personagens principais. O ponto fraco está nas elucubrações ecoxiitas de Valter e no seu bom mocismo politicamente correto monocórdio. Há momentos em que é difícil ler. Há momentos em que é difícil parar de ler. As 605 páginas da edição da Companhia das Letras poderiam ser resumidas pela metade e o resultado seria bem melhor. É um livro que se deve ler, mas está longe de ser o melhor já lido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário