sábado, 7 de janeiro de 2012

Isabel Allende

Amanhã, domingo, é dia 08 de janeiro. Para os simples mortais um dia como outro qualquer. Não para a escritora chilena Isabel Allende. Ela carrega uma superstição consigo: só começa um novo livro nessa data. Acho-a uma grande escritora. Está entre as maiores de língua espanhola. Na minha modesta e pouco importante opinião uma fortíssima candidata ao Nobel de Literatura muito em breve. Isabel é sobrinha do presidente chileno deposto Salvador Allende. Depois do golpe, no exílio, trocou cartas com o seu avô, que ficara no Chile e é dessas cartas que nasce o seu primeiro livro, A casa dos espíritos (1992) um vigoroso romance.

Depois a escritora lança dois romances que se passam no seu país natal sob o autoritarismo dos militares: De amor e de sombra (1984) e Eva Luna (1987). Em 1995, Isabel lança Paula, um emocionante relato do período de convalescença e morte da sua filha, acometida por um ataque de porfiria. Depois disso, a escritora lança vários romances históricos: Filha da fortuna (1999), retrato em sépia (2000) e o magnífico Zorro (2005). Entre esses romances, lançou três livros infantis, que não li. Em 2010 lançou A ilha sob o mar, já falado aqui no post do dia 24 de abril de 2011.

O ponto fraco da bibliografia de Isabel Allende é Meu país inventado, um relato do seu país natal. No entanto, em dado momento o livro se assemelha a panfleto antiliberal. Agora em dezembro foi lançado, no Brasil, Os cadernos de Maya. Pela primeira vez a autora abre mão de temas históricos para escrever um romance baseado num drama atual. Em sua homenagem vou começar a lê-lo amanhã, 08 de janeiro, na esperança de que amanhã também seja iniciado, pela escritora, mais uma obra prima.

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