quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os Sete - André Vianco

Livro de vampiro não está entre os meus prediletos. Principalmente quando virou moda. E tudo que é moda me cheira estranho. Antes tinha lido Drácula, de Bram Stoker, que é um clássico e dispensa comentários; e O historiador, de Elizabeth Kostova, que comprei por acaso, mas gostei muito e falei sobre ele num post de março último. O que me incomoda nessa nova “onde” de livros de vampiro é o romantismo. Livro de vampiro romântico só adolescente engole. Mas voltando a Os Sete. Relutei em comprá-lo pensando tratar-se de mais um da nova “onda”. Fui vencido pela curiosidade e me dispus a lê-lo. Não o colocaria na minha estante de livros prediletos (como colocaria Drácula e O Historiador), mas não o classificaria como um livro que não se deva ler. Como passa tempo é uma leitura agradável.

A história começa com um grupo de jovens que descobrem um navio antigo afundado na costa do Rio Grande do Sul. Dentro do navio, os jovens descobrem uma caixa de prata vedada, contendo mistérios que não deveriam ser revelados. Dentro da caixa, descobre-se, estão os sete vampiros em torno dos quais a história se desenrola e que foram lá confinados no longínquo século XV, em Portugal, e mandados para o Brasil, onde ocorreu o naufrágio. Apesar de dá nome ao livro, os sete vampiros não são os únicos personagens importantes da história. Tiago, Olavo e César, os jovens que descobrem o navio, o professor Delvechio e sua assistente e amiga dos rapazes, Eliana, também desempenham um papel importante no desenrolar da trama.

O ponto fraco do livro é a existência, entre os sete, de um vampiro bonzinho, Miguel, o Gentil. Vejamos: vampiro já é lenda, portanto não existe. Vampiro bonzinho é uma lenda dentro da lenda, portanto existe menos ainda. Tem-se a impressão que ele só foi colocado ali para salvar os mocinhos. Sem contar que a existência de um vampiro bonzinho corre o risco de tornar a história piegas. O que não é o caso aqui. Apesar da presença de Miguel, a história é de tirar o fôlego, principalmente por causa das maldades de Guilherme, o Inverno, e de Manuel, o Acordador. Vampiro bom é vampiro cruel, sanguinário, inclemente com suas vítimas. É isso que os outros seis são. Vale à pena ler.

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