terça-feira, 1 de novembro de 2011

Natimorto e VIP's























Aproveitando que teria o dia de folga hoje, resolvi colocar os livros de lado e ter uma noite de cinéfilo (coisa que não sou). Sempre preferi os livros ao cinema por que acho mais prazeroso construir imagens. Os livros nos instigam a isso. O cinema já nos dá essas imagens prontas e acabadas. Assisti a dois filmes seguidos, o que para mim é uma verdadeira maratona cinematográfica: Natimorto (2009) e VIP’s (2010). O primeiro, um filme mais conceitual. O segundo, mais popular. Mas ambos “assistíveis”. Não sendo cinéfilo, também não sou crítico de cinema. Resta-me comentar o que vi e achei.

Natimorto, dirigido por Paulo Machline, é baseado na obra homônima de Lourenço Mutarelli (que atua no filme). É a história de um agente musical que traz uma cantora de talento duvidoso (o subtítulo do livro é “o musical silencioso”) para uma audição em São Paulo com um famoso maestro. Ao deixá-la no hotel, o agente faz uma proposta inusitada: viverem pelo resto de suas vidas reclusos naquele quarto. A partir daí, os protagonistas (os únicos do filme, com exceção de uma rápida participação de Betty Gofman) se defrontam com a solidão de ambos e a misantropia do agente. É um filme com um cenário claustrofóbico (o quarto do hotel) e algumas cenas escatológicas. Como já disse, não sou crítico de cinema, mas o filme é uma obra pesada pela falta de diversidade de cenários e pelas discussões existenciais dos personagens.

VIP’S é diferente, mais leve. Dirigido por Toniko Melo é um filme mais popular. Vagner Moura dá um show no papel de Marcelo. Ou Dênis. Ou Henrique. O filme é inspirado na vida de Marcelo Nascimento da Rocha (de quem já falei no post “A mentira” de 28 de março desse ano), um estelionatário que se passou pelo filho do dono da GOL, durante um carnaval em Recife e chegou a dá uma entrevista à Amaury Jr. Entre outros golpes. O diretor nega que o filme seja uma cinebiografia do farsante, mas as semelhanças não deixam dúvidas. VIP’s, apesar de não seguir passo a passo a longa lista de golpes de Marcelo, preocupa-se em definir um perfil do protagonista. É um bom filme. As horas passam rápido.

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