sábado, 29 de outubro de 2011

Dia Nacional do Livro

Acabei de ver no Twiitter que hoje é o Dia Nacional do Livro. Ia passando em branco. Faço tantas loas ao livro e não sabia que hoje é o seu dia. Podia dizer que apenas não estava lembrado. Mas a verdade é que eu não sabia mesmo. Mas vamos lá, agora já sei. Vamos a uma pequena história do livro. Sabemos que o livro não era como o conhecemos hoje. Nos seus seis mil anos de existência, esse objeto tão precioso para os amantes da leitura mudou várias vezes de forma. Os sumérios, os inventores da escrita, armazenavam suas informações em tabletes de argila, que eram difíceis de transportar e armazenar. Por volta de 2.200 a.C., os egípcios desenvolveram o papiro, mais fácil de armazenar e transportar, mesmo alguns livros tendo 20 metros de cumprimento. O papel, como nós o conhecemos, surgiu na China no século II. Daí em diante ficou mais fácil para Gutemberg, no século XV, desenvolver o processo de impressão. O primeiro exemplar impresso teria surgido em 1442.

Mas a quantas anda o livro entre nós? Infelizmente, em comparação a outros países, o panorama não é dos melhores, apesar de vir em processo de melhora. Um exemplo disso é o aumento do faturamento do mercado editorial (tudo bem que parte desse faturamento se deve ao dinheiro que o governo destina para a compra do livro didático para as escolas). Outro dado alentador é o preço do livro: ele vem caindo, em média, 4% ao ano. Mas estamos muito longe de um panorama satisfatório. O brasileiro lê, em média, dois livros por ano, contra sete entre os argentinos e quinze entre os norte-americanos. O Brasil tem uma livraria para a cada 84.500 habitantes, os argentinos uma para cada 50.000 habitantes e os EUA, uma para cada 15.000, segundo dados da ABRELIVROS (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares). Mas chegaremos lá.

Mas importante do que as estatísticas é o amor que destinamos a esse objeto que nos abre portas para o mundo. Não apenas o mundo da fantasia, mas também o mundo real. Quem lê vive mais, pois pode viver a vida real e a vida que existe no livro. Poucas coisas são mais fascinantes do que se abstrair do mundo real e viver o que está lendo. Nos momentos de leitura deixamos o mundo em que vivemos e passamos a viver o mundo dos personagens. Um mundo onde tudo é possível desde que seja da vontade do autor. No mundo da leitura, o autor passa a ser o Deus que decide os destinos, inclusive do leitor, pelo menos naqueles momentos mágicos em que mundo real se torna distante. Indiscutivelmente, o livro é um objeto mágico.

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