terça-feira, 23 de novembro de 2010

Geisy Arruda e o presente de grego

Geisy Arruda não se enquadra naquele estereótipo de que “toda loira é burra”. De burra ela nada tem. Ela tem tirado proveito da efêmera fama. Ela é aquele tipo de celebridade que surgiu do nada, nada sabe fazer e, muito provavelmente, para o nada voltará. Para quem não lembra, Geisy é aquela moça que foi achincalhada por cerca de 800 idiotas descerebrados nas dependências da Universidade Bandeirantes (Uniban), em São Bernardo do Campo (SP), apenas por ousar ir às aulas com um indefectível micro vestido cor de rosa. Desde então, a loirinha tem tentado tirar o máximo de proveito da situação. Perdeu 15 quilos dos 80 que tinha através de uma lipoaspiração completa, turbinou os seios com 435 ml de silicone, cobrou R$ 100 mil para posar nua para uma revista masculina e cobra R$ 5 mil para comparecer em festas ou casas noturnas.

Ela está certíssima! É necessário aproveitar as (poucas) oportunidades que surgem. Apesar do pouco talento “artístico”, Geisy dá mostras de que sabe administrar essa oportunidade surgida: investe boa parte do que ganha em ações, patenteou o nome e registrou uma empresa. Depois de participar do reality show “A Fazenda”, da Rede Record, Geisy resolveu lançar a sua biografia, chamada “Vestida para causar”. Difícil é achar algo suficientemente interessante nos 20 anos de vida da loira além do fato dela ter posado nua em pêlo. Comentário de Fernando Morais, escritor de quatro biografias: “O fato de essa moça ter vivido uma situação de intolerância segura uma reportagem, e só. O meu dinheirinho ela não levará”.

Mas o presente de grego a que se refere o título do texto não é a Geisy Arruda. Enquanto lia sobre a loira fatal, o telefone tocou. Ao atender, escutei a voz inconfundível de uma atendente de Call Center: era de uma editora. A moça, educadíssima, me falou que eu tinha um “prêmio” para receber por ter pontuação máxima no meu cartão de crédito. Ela relacionou várias revistas que eu receberia por 15 meses. O meu “investimento” seria apenas para cobrir os custos do envio. Esmola grande, cego desconfia! Curioso, perguntei de quanto seria meu “investimento”. R$ 5,70 por exemplar recebido, disse-me a moça. No total, eu teria que “investir” R$ 85,50 ao fim dos 15 meses. Como a revista custa na banca R$ 9,90, o “prêmio” a mim oferecido foi de R$ 63,00. O “investimento” era maior do que o “prêmio”. Essa é de causar inveja em grego...

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