segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Futebol: paixão e violência

Não restam dúvidas que o futebol desperta paixões. No Brasil, desperta muito mais do que qualquer outro lugar do mundo. Ontem foi a última rodada do campeonato brasileiro e o país praticamente parou antes, durante e depois dos jogos que definiram o campeão, o vice e os rebaixados para a segunda divisão. Nos estádios, as expressões nos rostos durante as partidas demonstravam o quanto aqueles noventa minutos representavam na vida de cada torcedor. Na realidade a última rodada começou na segunda feira e durou a semana inteira. A grande discussão era se o Grêmio, que não tinha mais pretensões no campeonato iria ou não facilitar a vida do Flamengo, postulante ao título. Isso por que, se o tricolor gaúcho vencesse ou empatasse a partida, poderia ajudar o seu grande rival, o Internacional, a ser campeão. Ao que parece, a última rodada continuará essa semana, pois os colorados garantem que o Grêmio facilitou.
Mas essa paixão, que em alguns momentos transforma o futebol num espetáculo, em outros momentos descamba para uma violência irracional. Foi o que aconteceu em Curitiba, onde o time da cidade, o Coritiba, foi rebaixado para a segunda divisão após empatar com o Fluminense. Após o fim da partida, a torcida invadiu o campo e agrediu o árbitro, os auxiliares, jogadores, diretoria do clube e até a polícia. Até a casa do técnico do Fluminense na cidade foi apedrejada. A direção do Coritiba estima os prejuízos causados no estádio Couto Pereira em R$ 500 mil. Ocorreram outras cenas de violência Brasil afora, mas as registradas em Curitiba, mostram o quanto a paixão por uma equipe pode animalizar um torcedor.
Por outro lado, mesmo com casos de violência localizados, a torcida do Flamengo deu um show na comemoração do título, depois de um jejum de 17 anos. Começou no Maracanã, com mais 80 mil torcedores. Segundo o IBOPE, o rubro negro carioca detém a maior torcida do país, com aproximadamente 35 milhões de apaixonados. Acho que ontem eles se multiplicaram! Para onde olhávamos tinha uma uma camisa, uma bandeira, até mesmo toalhas nas cores vermelho e preto. Sou flamenguista!! Deu pra notar? Que a nação rubro-negra continue comemorando muitos títulos. Que os atos de quem diz entender de futebol não tire o sorriso do rosto nem a felicidade do coração de tantos apaixonados. Somos hexa!


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