quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bullyng

A nova "onda" nas escolas, entre os alunos, é o bullyng. Esse é o termo em inglês para descrever atos de violência física ou psicológica praticado por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de agredir ou intimidar pessoas ou grupo de pessoas. Em outras palavras, o termo serve para designar a violência dentro da escola. Violência física ou psicológica. Infelizmente, a violência tem dominado as escolas em todo país. Esse é um mal não apenas das escola públicas, mas também das escolas particulares. O jovem não vai mais a escola para estudar, mas para marcar encontros onde extravasarão todas as suas mágoas, raivas e frustrações através de uma violência desmedida e irracional. E não são apenas os alunos adolescentes e adultos. As crianças também "aprendem" desde cedo a resolver as suas diferenças através da violência.
Sabemos que violência na escola sempre existiu. Quem nunca brigou ou presenciou uma briga nos seus tempos de escola? Independente da idade. Nos anos 80, quando fazia o ensino fundamental vi, repetidas vezes, brigas entre colegas. Mas eram brigas sem consequências graves, no outro dia todos já eram amigos de novo. Hoje há uma banalização da violência. Se briga por qualquer motivo. E o que é pior: a briga não fica restrita a dois indivíduos que usam apenas as forças dos seus braços e pernas. As brigas envolvem grupos contra grupos ou, suprema covardia, um grupo contra um desprotegido adversário, onde se usam as armas que encontram pela frente (paus, pedra, cadeiras) ou trazem de casa (facas, canivetes e, até mesmo, revólveres). Mas o que aconteceu para a violência virar o prato principal nas escola brasileiras?
Buscar respostas em uma só causa seria muito simplista. Não restam dúvidas que a miséria afetiva contribui para isso. Os jovens não encontram amparo afetivo nas famílias, quando elas existem. A regra geral é o desfacelamento da família. Quando falo em família não me refiro ao formato tradicional (pai, mãe e filhos). Mas num núcleo de pessoas (só mãe, só pai, duas mães, dois pais, avós) que consiga influenciar e exercer autoridade sobre esse jovem. Existe hoje uma crise de autoridade na escola e na família. O jovem não conhece limites. A miséria intelectual também contrubui para essa situação. O jovem não frequenta teatro, não frequenta bibliotecas e nem é estimulado a isso. Quando frequenta cinemas é para assistir filmes cujas cenas de violência ultrapassa os limites do razoável. Voltaremos ao assunto...

Um comentário:

  1. Poisé, isso é mesmo muito sério.
    Concordo que uma das causas é a miséria intelectual. Uma pessoa bem instruida mental e espiritualmente não agride o próximo, mas as pessoas estão preocupadas demais em dar conhecimento técnico e esquecendo de alimentar o espirito. A culpa não é das crianças agressoras, mas da sociedade que está decadente. Estamos retornando a idade média, qeimando em uma fogueira simbolica aqueles que são diferentes.

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